sedes regionais

Grupos antigoverno planejam espalhar ações em mais Estados

Movimentos como Vem Pra Rua e Revoltados Online querem ter líderes em Brasília, Rio e BH e canalizar onda contra PT

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Centralizados até agora em São Paulo, os grupos que foram às ruas depois das eleições para protestar contra a vitória da presidente Dilma Rousseff e do PT se preparam para expandir sua ação para outros Estados do Brasil em 2015.

Os Revoltados On Line, que defendem o impeachment de Dilma, vão inaugurar uma sede em Brasília ainda em janeiro. O grupo pretende se estabelecer também em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.

“Estamos fechando parcerias com outros movimentos com o objetivo de fortalecer o movimento em outros Estados”, disse o administrador de empresas Marcello Reis, líder do grupo.

Além da expansão geográfica, os Revoltados vão investir na melhora da infraestrutura no ano que vem. Segundo Reis, está sendo criado um setor jurídico para dar orientações legais tanto para os protestos de rua como para possíveis futuras ações judiciais do grupo contra o governo federal.

“Estamos juntando um grupo bem grande de advogados para dar suporte jurídico. Queremos estar preparados para quando aparecerem as provas (do suposto envolvimento de Dilma com os escândalos na Petrobrás)”, disse o líder dos Revoltados On Line.

Segundo Reis, tanto os imóveis que serão usados como sedes regionais quanto os recursos para manutenção da estrutura serão provenientes de doações de simpatizantes.

Moderados. Com objetivos diferentes, o Movimento Vem Pra Rua também se prepara para dar um salto no ano que vem. De acordo com o empresário Rogério Chequer, um dos líderes desse grupo, o Vem Pra Rua também articula a expansão para outros Estados e trabalha para ter uma sede própria. Os objetivos são manter em 2015 as mobilizações contra o governo Dilma e estabelecer pautas específicas de luta, tanto em relação ao governo quanto ao Congresso Nacional.

“Vamos seguir como aglutinadores da insatisfação de outros grupos que queiram mudar esta realidade desde que através da ordem, de forma constitucional, sem extremismo, golpes ou separatismo. Queremos ouvir mais gente e servir como um alto falante”, disse Chequer.

A ideia é transformar o Vem Pra Rua, que cresceu de forma espontânea nas redes sociais, cada vez mais em um movimento social organizado.

O grupo criou um colegiado para descentralizar as decisões e melhorar seu funcionamento, sem depender da presença de seus criadores.

“Queremos estruturar o movimento de forma que a condução não dependa de poucas pessoas. Estamos no processo de ter uma sede própria e já existem pessoas trabalhando para fortalecer o movimento em outros Estados para fortalecer a nossa luta”, afirmou Chequer. (Ricardo Gualhardo/AE)

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