Lava Jato

Gim Argello e Ronan Maria Pinto são indiciados pela PF

Ex-senador teria exigido propina de empreiteiras do pretrolão

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A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-senador Gim Argello por quatro atos de corrupção e o empresário Ronan Maria Pinto por lavagem de dinheiro.

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que há evidências de que Gim Argello, preso na 28ª fase da Lava Jato, pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS para que elas não fossem convocadas à CPI da Petrobras. Os recursos teriam sido enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha.

As siglas, juntamente com o PTB, formaram em 2014 a coligação "União e Força", pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador pelo DF. Segundo os investigadores, não há indícios de que os partidos beneficiados sabiam das negociações e da origem ilícita dos recursos.

Dono do jornal "Diário do Grande ABC" e de empresas do setor de transporte e coleta de lixo

Já Ronan Maria Pinto, alvo da 27ª fase da Operação Lava Jato, é suspeito de ter recebido R$ 6 milhões do empréstimo fraudulento realizado entre o pecuarista José Carlos Bumlai – também preso pela Lava Jato – e o Banco Schahin.

De acordo com o MPF, o empréstimo foi pago por meio da contratação do grupo Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão.

Em depoimento à força-tarefa da Lava Jato, o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, afirmou que parte do empréstimo obtido por Bumlai era destinado Ronan, que estaria extorquindo dirigentes do PT.

O empresário teria recebido o dinheiro para não publicar supostas informações que ligariam o ex-presidente Lula e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho à morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT).

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