Cartões corporativos

Gastos secretos do Palácio do Planalto batem recorde

Gastos secretos feitos com cartões corporativos já somam R$ 6,5 mi

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O ano de 2014 ainda nem chegou ao fim e os gastos secretos feitos com cartões corporativos da Presidência da República bateram o recorde do governo Dilma Rousseff, atingindo R$ 6,5 milhões até novembro deste ano. Esses cartões são usados no serviço público para despesas como compra de materiais, prestação de serviços e abastecimento de veículos oficiais, por exemplo.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as despesas sigilosas da Presidência superaram em 9,2% os R$ 5,9 milhões registrados em todo o ano passado. Em 2012, as faturas dos gastos secretos somaram R$ 4,6 milhões e, em 2011, R$ 6,1 milhões, em valores já corrigidos pelo IPCA.

Apesar desses gastos serem públicos, os itens comprados sigilosamente, não são discriminados. O governo se vale do termo confidencial para despesas consideradas de segurança nacional, como parte dos gastos das viagens de Dilma e até a alimentação da presidenta.

Por outro lado, as despesas dos cartões corporativos de todo o governo federal, nos quatro anos de gestão Dilma, vêm caindo. Entre janeiro e novembro de 2014, chegaram a R$ 46,3 milhões. Em 2011, foram de R$ 69,5 milhões, acima dos R$ 66,9 milhões de 2012 e dos R$ 65,5 milhões alcançados no ano passado.

Em 2010, último ano do governo Lula, as despesas totais com os cartões da presidência foram de R$ 22 milhões, sendo R$ 7,7 milhões em gastos secretos da Secretaria de Administração. O uso dos cartões corporativos deu origem a uma série de denúncias contra o primeiro escalão do governo Lula em 2008. A então ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, chegou a deixar o cargo depois de revelado que ela gastou R$ 171 mil em 2007. Parte das despesas ocorreram quando ela estava de férias.

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