Expectativas

Focus prevê alta de 0,50 e Selic a 11,25% em novembro e dezembro

Boletim também espera alta da inflaçãao e do PIB, ambos em 0,01%

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Conselho de Política Monetária (Copom) - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14), consolida a expectativa do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas suas duas próximas reuniões, em novembro e dezembro. Um mês atrás, a estimativa estava em 11,25%.

A publicação, que mostra as expectativas do mercado, aponta para crescimento da inflação com base no IPCA, oscilando de 4,38% para 4,39% e se aproximando ainda mais do teto da meta, de 4,50%, e também aumento de 0,01% para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, de 3,0% para 3,01%. No mês passado, era 2,96%.

Já para os juros no fim de 2025 a projeção subiu de 10,75% para 11,00%, contra 10,50% um mês atrás, sinalizando que o mercado vê menos espaço para cortes na Selic ao longo do próximo ano.

No longo prazo, para os juros no fim de 2026, a projeção permaneceu a mesma, em 9,50%, como está há sete semanas. A projeção para o fim de 2027 seguiu em 9,0%, estável há 21 semanas.

A estimativa para a inflação de 2025 oscilou de 3,97% para 3,96%, mais próxima do limite superior da meta, de 4,50%, do que do centro, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se o resultado ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central terá descumprido a meta. Para 2026 e 2027 a projeção permaneceu como em semanas anteriores, em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

Dólar

O relatório Focus manteve a expectativa do dólar no valor de R$5,40 para o fim de 2024, pela quarta semana consecutiva. Para 2025, a estimativa subiu pela segunda semana seguida, atingindo também R$ 5,40. Um mês antes, era de R$ 5,35.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera maior precisão para projeções cambiais.

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