Acidente aéreo

FAB: Controles de helicóptero com filho de Alckmin estavam desconectados

Segundo a FAB, destroços da aeronave não indicam causa da queda

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De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o helicóptero que que levou à morte de Thomaz Rodrigues Alckmin, filho mais novo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), estava com dois componentes fundamentais para controle da aeronave desconectados durante o voo. Segundo o portal G1 afirmam, a FAB não informa o motivo da desconexão.

No dia 2 de abril, Thomaz e outras quatro pessoas morreram após a queda de um helicóptero em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Além do caçula de Alckmin, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, de 42 anos, Erick Martinho, de 36 anos, e Leandro Souza, de 34 anos.

"Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) – dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo – estavam desconectados antes da decolagem", diz a FAB em nota.

De acordo com a perícia, os danos nos demais componentes da aeronave foram consequências e não causas da queda.

A FAB ainda declarou que as evidências, até o momento, apontam que o comandante pilotou o helicóptero em todas as fases do voo.

A nota informa que, "pelo fato de a investigação estar em andamento, ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente".

Veja a íntegra da nota divulgada pela FAB:

Quanto à investigação do acidente com o helicóptero de matrícula PP-LLS, ocorrido no dia 2 de abril, em Carapicuíba-SP, conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), este Centro de Comunicação Social (CECOMSAER) informa:

1- Segundo exame dos destroços, os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de cauda, pás do rotor principal e de cauda e demais componentes da aeronave foram consequências e não causas da queda.
2- Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) – dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo –– estavam desconectados antes da decolagem.
3- A Comissão de Investigação estuda a documentação da aeronave e dos serviços realizados pelas empresas de manutenção.
4- O voo do dia 2 de abril foi o primeiro do PP-LLS após quase dois meses de intervenções previstas de manutenção.
5- Até o momento, as evidências apontam que o comandante estava pilotando a aeronave em todas as fases do voo.
6- Os investigadores analisam ainda os componentes eletrônicos da aeronave, com apoio dos representantes acreditados designados pelo BEA (Bureau d´Enquêtes et d´Analyses), órgão francês de investigação.
7- Pelo fato de a investigação estar em andamento, ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente.
8- É importante ressaltar que os acidentes aeronáuticos não ocorrem por uma causa isolada, mas por uma série de fatores contribuintes encadeados.
9- Por fim, o objetivo principal da investigação é identificar os fatores contribuintes que gerarão recomendações de segurança, completando assim o ciclo da prevenção de acidentes.

Brasília, 02 de junho de 2015.
Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

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