Bancos Suíços

Extratos mostram movimentações e desmentem Cunha

Os investigadores acreditam que Cunha é o único beneficiário

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Extratos de uma das contas em banco suíço que Eduardo Cunha (PMDB) se diz “usufrutuário” mostram que o presidente da Câmara movimentou cerca de 1,3 milhão de francos suíços, cerca de US$ 1,3 milhão em 2014, pouco antes de ser encerrada. Isso contraria a versão do deputado que os recursos não foram movimentados.Conforme foi divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.

Tal valor corresponde a um depósito, feito no ano de 2011 por meio de cinco transferências, por João Augusto Henrique, lobista supostamente ligado ao PMDB. Henrique que é investigado na Operação Lava Jato, disse em depoimento ao Ministério Público Federal, que o dinheiro teria sido desviado de um contrato da Petrobras para a exploração de petróleo em Benin, na África.

O lobista afirma que fez a transferência a mando do economista Felipe Diniz, filho do ex-líder do PMDB na Câmara o deputado Fernando Diniz. Cunha diz acreditar que o valor foi depositado para pagamento de uma dívida que, Fernando Diniz, teria contraído com ele antes de morrer.

Os extratos mostram que em 10 de janeiro de 2014, a conta da empresa offshore Orion SP, movimentou 387 mil francos suíços para compra de ações da Petrobras. Após três dias a conta converteu a quantia de US$ 362 mil e os depositou em uma conta no banco Julius Bar.

Foram transferidos da mesma conta 970 mil francos suíços à empresa Netherton Investiments PTE Ltd, localizada em Cingapura. Para os investigadores suíços Eduardo Cunha é o único beneficiário da conta dessa empresa. Um dia após a transferência, a conta teve o saldo zerado e foi encerrada.

A versão do presidente da Câmara é que só soube do depósito um ano depois de o dinheiro aparecer na conta e como a origem era desconhecida, orientou a truste, entidade legal que administra propriedades e bens em nome de um ou mais beneficiários mediante outorga, a deixar o dinheiro parado.

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