Em depoimento à PF

Ex-assessor diz que destruiu provas a pedido de Geddel e Lúcio Vieira Lima

Segundo Job Ribeiro Brandão, documentos eram jogados no vaso sanitário

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O ex-assessor da Câmara dos Deputados Job Ribeiro Brandão afirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) pediram que ele destruísse provas contra os dois.

Anotações, agendas e documentos eram picotados e jogados no vaso sanitário. Segundo o ex-secretário parlamentar, a secretária Milene Pena e a mulher de Lúcio, Patrícia, também participaram do descarte.

Job Ribeiro Brandão é ex-assessor do irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, Lúcio Vieira Lima, e foi preso em setembro pela operação da PF que encontrou R$ 51 milhões em um apartamento ligado a Geddel, em Salvador. Os investigadores encontram as digitais de Brandão em algumas das cédulas encontradas no ‘bunker’.

Em outro depoimento a PF, no dia 19 de outubro, o ex-assessor já havia dito que recebia altas quantias de dinheiro do ex-ministro para fazer a contagem manual dos recursos. Os valores variavam de R$ 50 mil a R$ 100 mil e eram contados em um gabinete na casa da mãe de Geddel, Marluce Quadros Vieira Lima. 

Brandão disse ainda que costumava contar dinheiro da família e que, a partir de 2010, os pedidos para executar a tarefa passaram a ser mais frequentes. Segundo ele, o dinheiro era do posto de combustíveis Alameda da Praia, localizado na praia de Stella Maris, em Salvador, que tem o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) como sócio.

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