Odebrecht e Braskem

EUA vão convocar executivos para dar início a processos de delação no país

Oito executivos serão ouvidos por procuradores americanos

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Após confessarem uma série de crimes cometidos nos Estados Unidos, executivos da Odebrecht e da Braskem, petroquímica ligada ao grupo, temem ser presos caso deixem o Brasil. Para que não entrem no alerta vermelho da Interpol, terão de fazer acordos de delação nos EUA, conforme publicou o jornal Folha de S. Paulo.

Eles fecharam o maior acordo com os EUA após violarem a legislação anticorrupção do país. Os EUA, no entanto, não protegem os executivos como pessoas físicas.

O Departamento de Justiça dos EUA, equivalente ao Ministério da Justiça brasileiro, avisou a oito executivos que eles serão ouvidos no Brasil por procuradores americanos em março para dar início às negociações para fechar acordos de delação. Ainda não está definido quem será chamado.

O acordo de leniência com os EUA protege a empresa de processos judiciais, mas não os executivos. Por isso há o risco de prisão quando empresas são apanhadas cometendo irregularidades em território americano.

No fim do ano passado, as empresas fecharam acordo com três países e concordaram em pagar no mínimo R$ 6,9 bilhões, durante 23 anos. São eles Brasil, Suíça e EUA. Os dois últimos ficarão com cerca de R$ 700 milhões cada um.

Marcelo Odebrecht

Preso desde junho de 2015, o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, pode ser convocado pelas autoridades americanas caso concluam que partiu dele a ordem para os crimes praticados nos EUA.

Executivos narraram uma série de crimes graves ocorridos em território americano, segundo documentos dos acordos feitos nos EUA. Entre eles, falsificação de registros contáveis para esconder propina no valor de US$ 175 milhões para políticos e funcionários públicos brasileiros.

A Odebrecht afirmou que a empresa “não se manifesta sobre eventuais tratativas das pessoas físicas com a Justiça e reafirma seu compromisso de colaborar com as autoridades”.

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