Criador do WikiLeaks

Equador corta comunicação de Assange com mundo 'exterior'

Fundador do WikiLeaks é acusado de interferir em outros países

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O criador do WikiLeaks, Julian Assange, teve sua comunicação e seu acesso à internet cortados pelo Equador nesta quarta-feira (28).

Assange encontra-se atualmente refugiado na embaixada equatoriana em Londres, no Reino Unido, e a medida seria uma represália por sua suposta "interferência" em assuntos de outros países.

O presidente do Equador, Lenín Moreno, advertiu que adotaria "novas medidas diante do descumprimento do compromisso [de não interferir, assumido em dezembro de 2017] por parte de Assange".

Tal compromisso "obriga" o australiano "a não emitir mensagens que representem uma ingerência em relação a outros Estados". Na última segunda-feira (26), o criador do WikiLeaks havia criticado a expulsão de diplomatas russos pelo governo britânico em seu Twitter.

Ainda nesta semana, o ministro de Estado para Europa e Américas do Reino Unido, Alan Duncan, disse que Assange era "um verme miserável". "É muito lamentável que ele fique na embaixada do Equador. É hora de esse verme miserável sair da embaixada e se entregar à Justiça", declarou.

Esta não é a primeira vez que o criador do WikiLeaks tem sua comunicação cortada. Em 2016, o Equador restringiu temporariamente seu acesso à internet pela divulgação de documentos que interferiram na campanha eleitoral nos Estados Unidos.

Assange vive em asilo diplomático desde 2012, quando se refugiou na embaixada do Equador para escapar de uma extradição para a Suécia, onde era acusado de abuso sexual. Na época, ele recebeu apoio do então presidente equatoriano, Rafael Correa. Recentemente, em janeiro, o criador do WikiLeaks teve sua cidadania equatoriana garantida.

 No entanto, Correa desfiliou-se do partido que criara, o "Aliança País", após romper com Lenín Moreno. Desde que assumiu, Moreno – que fora vice de Correa entre 2007 e 2013 – tem revertido algumas políticas de seu antecessor. (Com informações da agência ANSA)

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