Terceirização

Política salarial de empresa brasileira cria conflito na Suíça

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tecnologia by stefaniniA empresa de tecnologia Stefanini, que a Fundação Dom Cabral considera a quarta maior “multinacional brasileira”, enfrenta dificuldades com os meios sindicais suíços, que a acusam da prática de dumping salarial na Suíça.

O escândalo revelado no domingo pelo jornal Le Matin Dimanche, ocupou nesta terça-feira o noticiário suíço, principalmente no jornal Le Temps, por revelar o risco da importação de estrangeiros na desestabilização da política salarial suíça, a mais elevada da Europa.

Prestando serviços terceirizados para a maior multinacional do mundo em cosméticos e perfumes, a Firmenich, em Genebra, Stefanini paga 800 euros a trabalhadores na área de informática romenos, o que equivale a um quarto do valor mínimo pago a suíços, ou sejam 3.300 euros mensais.

Como o salário desse tipo de trabalhador ainda não consta na cláusula de responsabilidades solidárias, no regulamento dos contratos de trabalho suíços com o exterior, a situação não chega a ser ilegal, mas é considerada abusiva.

A empresa Ferminich que, recentemente demitiu 40 empregados para utilizar contratos terceirizados, alega não ter conhecimento dos salários pagos pela Stefanini e não informa sobre o total do contrato assinado, mas supõe ser baseado no nível dos valores pagos aos informáticos europeus

Líder brasileira, com um benefício de 2,5 bilhões de reais no balanço de 2014, a Stefanini é uma das mais ativas empresas brasileiras em exportação de serviços de engenharia de computação e alta tecnologia.

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