Embaixatriz Lúcia Flecha de Lima morre aos 76 anos em Brasília
Mulher do embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima tinha câncer
A embaixatriz Lúcia Flecha de Lima faleceu na manhã deste domingo, em Brasília, aos 76 anos. Ela estava hospitalizada e ontem a família a levou de volta para que morresse em casa, na companhia dos familiares. Tinha câncer. Lúcia deixa viúvo o embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, considerado o mais importante diplomata brasileiro do seu tempo.
Lúcia sempre teve papel protagonista, acompanhando o marido nos postos que ele chefiou. Quando eles foram embaixadores do Brasil em Londres, ela acabou por ser tornar amiga muito próxima da princesa Diana. Na embaixada em Roma, ela liderou a restauração do Palazzo Doria Pamplij sem recorrer a recursos públicos. Também se destacaram na chefia da embaixada do Brasil em Washington, período em que Lúcia manteve sua amizade com a Lady Di.
O embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima estava de férias no sul da França, quando foi encarregado pelo então presidente Fernando Collor a conduzir negociações para a libertação de cerca de quinhentos brasileiros residentes no Iraque. A negociação foi um sucesso: o governo do Iraque autorizou a retirada dos brasileiros, sob escolta, até a fronteira com a Jordância, em cuja capital, Aman, um Boeing 707 da FAB os aguardava, por ordem do presidente brasileiro.
Figura animada, elegante, mãe de cinco filhos, a embaixatriz foi secretária do Turismo do Distrito Federal e dirigiu por mais de 15 anos a Casa do Candango, entidade sem fins lucrativos dedicada a causas sociais.
