Inflação em 2015 de 10,5%

Em 2016 recessão continua e indústria encolhe, estima CNI

Expectativa é que o cenário de 2016 repeita o deste ano

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As expectativas para a economia em 2016 não são nada otimistas, conforme divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o Informe Conjuntural, a economia brasileira continuará encolhendo em 2016. Também haverá queda de 2,6% no Produto Interno Bruto (PIB). O desemprego alcançará  11% e o consumo das famílias vai diminuir 3,3%, os investimentos tão vão cair 12,3%.

O estudo aponta um os motivos para o eventual cenário no próximo ano, “poucos se avançou para a construção de um ajuste fiscal crível e permanente, aliado a mudanças estruturais capazes de impulsionar a recuperação da atividade econômica. Por isso, o cenário para 2016 não é diferente do observado em 2015”.

A Confederação também avalia que a instabilidade política adiará as medidas necessárias para a recuperação da confiança dos agentes econômicos, “os eventos políticos recentes, que culminaram na abertura do processo de impedimento da presidente da República, adicionam grau de complexidade ainda maior ao momento. Esse cenário conturbado marcará os primeiros meses de 2016, indicando que a travessia em direção à recuperação econômica deverá ser mais difícil e demorada”.

Também foram avaliadas as dificuldades enfrentadas na economia durante 2015, ano que fechará com a inflação de 10,5%, “ há dois fatos preocupantes sobre a economia brasileira em 2015. O primeiro é que os principais componentes do PIB pelo lado da demanda, consumo das famílias, e pelo lado da oferta, serviços, irão diminuir em 2016, o que não acontecia há mais de uma década. O segundo é o fato dos investimentos caírem pelo segundo ano consecutivo em magnitude superior a 10%, destaca o estudo.

Em relação ao PIB deste ano a previsão é que caia 3,3% em relação a 2014. Com queda de 6,4% no PIB industrial. O consumo das famílias encolherá 3,9%, os investimentos diminuirão 15,5% e o desemprego chegará a 8,3%, “os números efetivos do ano podem ser ainda mais negativo, com o impacto dos acontecimentos recentes”, ressalta a CNI. O ano de 2015 foi especialmente negativo para a indústria. As estimativas atuais confirmam que a participação do setor no PIB cairá para menos de 20%, a menor desde os anos 50. A participação da indústria de transformação será de apenas 9,3%.

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