Petrolão

Eduardo Hermelino Leite admite que conhecia Youssef e Janene

O executivo disse que projeto de engenharia evitaria corrupção

acessibilidade:

O executivo Eduardo Hermelino Leite, ex-vice-presidente da construtora Camargo Côrrea, disse à CPI da Petrobras que foi apresentado ao doleiro Alberto Youssef e ao ex-deputado José Janene pelo ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa João Ricardo Auler. Segundo Leite, Youssef e Janene tinham ido à Camargo Corrêa cobrar o pagamento de propina por obras da estatal.

“Ele me apresentou a eles e disse que esse assunto [propina] seria tratado por mim a partir de então”, disse.

Youssef e Janene (ex-deputado morto em 2010) são apontados como operadores do PP, ligados ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Auler chegou a ser preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, assim como o executivo Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa. Avancini confirmou à CPI da Petrobras que a empreiteira pagou R$ 110 milhões em propina aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque. 

A Camargo Corrêa venceu licitações no valor de mais de R$ 6 bilhões para obras nas refinarias Getúlio Vargas, no Paraná, e Abreu e Lima, em Pernambuco. 

Auler será ouvido ainda hoje pela CPI da Petrobras.

Para evitar corrupção Leite disse à CPI que a maneira mais eficiente de evitar superfaturamento, pagamento de propina ou outros ilícitos em obras é a existência de um projeto de engenharia definido, com quantificação precisa de preços. Ele disse isso ao responder pergunta do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI. “Quando você não tem precisão você fica refém de quem estabelece os preços. O orçamento preciso impede qualquer ilícito”, afirmou.

Leite deu como exemplo uma hidrelétrica que a Camargo Corrêa construiu em Medellin, na Colômbia. “A variação de preço entre o projeto e a entrega foi de 3% porque eles tinham total precisão de orçamento”, contou.(Agência Câmara)

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.