Prisões diferentes

É a segunda prisão na família de Sérgio Cabral

Pai foi preso por desafiar a ditadura; o filho, por corrupção

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Preso sob a acusação do Ministério Público Federal (MPF) de chefiar a quadrilha que roubou R$ 220 milhões dos cofres públicos do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral não é o primeiro membro da família a ir em cana. Seu pai, também Sérgio Cabral, jornalista e compositor, passou dois meses preso, nos anos de chumbo: ele era da turma do semanário de humor Pasquim que desafiava o regime militar. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Tocando o Pasquim após a prisão dos colegas, o criativo Cabral pai irritou militares ao “revisitar” o Grito do Ipiranga na Semana da Pátria.

Cabral pai publicou na capa do Pasquim a imagem de Pedro I às margens do Ipiranga gritando: “Eu quero é mocotó!” Foi preso também.

Ao contrário do pai, um carioca boa praça, Sérgio Cabral Filho exerceu o poder com truculência e soberba. E fez do enriquecimento sua meta.

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