Donos de 'consultorias' multiplicaram bens em até 97 vezes
Apenas 11 'operadores' do esquema faturaram R$ 311,2 milhões
Donos de empresas de consultoria e assessoria investigados na Operação Lava Jato tiveram um enriquecimento meteórico entre 2003 e 2013, período em que o esquema de corrupção na Petrobrás funcionou, segundo seus delatores, de forma “institucionalizada”. Conforme o caso, o patrimônio dos envolvidos se multiplicou por até 97 vezes.
Os dados constam de relatório da Receita Federal elaborado a pedido da força-tarefa encarregada das investigações. O Fisco avaliou as finanças declaradas por 11 pessoas apontadas como operadoras do esquema e descobriu que, apenas entre 2006 e 2013, elas movimentaram R$ 311,2 milhões.
O lobista Milton Pascowitch era dono de bens e direitos que somavam R$ 574 mil em 2003. As posses se multiplicaram por 50 no período, saltando para R$ 28,2 milhões.