Dono do BTG e Nahas negociam empresa sócia da Petrobras na África
Esteves e Nahas, personagem de velhos escândalos, fazem dupla
O banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, está tentando se livrar de negócios na África, objeto de subrelatoria da CPI da Petrobras, que apura o maior escândalo de corrupção da História, em que grandes empresários se organizaram em quadrilha para roubar a petroleira, com a cumplicidade de diretores, políticos e autoridades do governo.
Nesse sentido, André Esteves tenta vender sua parte na empresa PetroAfrica, onde é sócio meio a meio da Petrobras. O curioso é que ele se aliou a Naji Nahas, especulador com longa folha corrida e personagem de diversos escândalos, na nossa História recente.
Esteves e Nahas tentam vender para um grupo iraniano os 50% que o BTG detém na PetroAfrica, e ainda agem como se estivesse autorizados e vender também a parte da Petrobras no negócio. A informação também foi publicada no site da revista Veja.
Deputados da CPI, que devem votar requerimento de convocação do dono do BTG Pactual, investigam a denúncia de que ele foi beneficiado por suas relações pessoais com o ex-presidente Lula, que teria favorecido a compra, a preço de banana, de ativos da Petrobras em sete países africanos.
Pelo menos outro grande negócio de André Esteves com a Petrobras está na mira da CPI: a empresa Sete Brasil, criada para intermediar o que a Petrobras fazia diretamente: a compra de plataformas e navios. Para dirigir a empresa, Esteves convidou ninguém menos que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, ladrão confesso que fez acordo de delação premiada, com os investigadores da Operação Lava Jato, comprometendo-se a devolver cerca de 100 milhões de dólares.