Dilma manda ministro confessar que mentiu, e ele nem cogita deixar o cargo

A presidenta Dilma Rousseff mandou o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, desculpar-se publicamente pela mentira que contou nesta terça-feira, a um grupo de índios, no auditório do Palácio do Planalto. Apesar da humilhação, exposta em nota da que ele próprio divulgou esta manhã, Carvalho não mencionou a possibilidade de entregar seu cargo, como é praxe nesses casos.

Na nota, o ministro declara que “cometeu um equívoco” quando afirmou a indígenas da etnia Munduruku, que Dilma havia censurado o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) por ter cumprido ordem judicial de primeira instância no processo de reintegração de posse ocorrida no Mato Grosso do Sul. Era uma mentira.

“O Ministro afirma que tentava demonstrar a dor da presidenta Dilma com a morte de um indígena ocorrida naquela ocasião e a insistência dela na utilização do método da negociação e do diálogo na resolução de conflitos”, diz a nota, que ressalta o reconhecimento de que “em nenhum momento a Presidenta fez críticas ao ministro Cardozo pelo fato de a Polícia Federal estar cumprindo ordem judicial”. O ministro lembra, em sua nota que em coletiva fez uma “correção dessa afirmação”, ao declarar que ?ordem judicial a gente cumpre?.