Luto no PT

Dilma e Lula vão a enterro do ex-ministro Luiz Gushiken em SP

Gushiken morreu ontem, aos 63 anos, após enfrentar câncer no estômago

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O corpo do ex-ministro Luiz Gushiken foi enterrado às 16h30 deste sábado (14) no Cemitério do Redentor, no Sumaré, Zona Oeste da capital paulista. Ele tinha 63 anos e morreu na noite de sexta (13) no Hospital Sírio-Libanês, em decorrência de problemas derivados do câncer de estômago.

A presidenta Dilma chegou ao velório às 15h20, acompanhada do ex-presidente Lula e dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-geral da Presidência), José Eduardo Cardozo (Justiça), Paulo Bernardo (Comunicações), Guido Mantega (Fazenda) Aloízio Mercadante, (Educação), e Alexandre Padilha (Saúde). O primeiro político a chegar, por volta das 8h30, foi o deputado José Genoino. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também passou pelo velório e disse que o processo do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal, contribuiu para enfraquecer Gushiken.

A presidenta Dilma lamentou ontem (13) a morte do amigo: ?É um momento de dor e de reverência. Dor pela ausência que ele fará para todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo, que puderam compartilhar da sua sabedoria e capacidade de pensar como o Brasil poderia ser uma nação mais justa para todos. Reverência pela serenidade como viveu a vida e enfrentou a morte?. Dilma comentou que foi colega de ministério de Gushiken no governo Lula e que ele ?partiu como viveu. Com coragem?. E acrescentou: ?Aos familiares e amigos, deixo as minhas condolências e homenagens a este grande brasileiro?.

Luiz Gushiken foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, do qual era considerado um dos principais formuladores ideológicos, e exerceu o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República no governo Lula. Ele foi três vezes deputado federal.

Gushiken com os filhos Artur, Helena e Guilherme, e a mulher, Beth

Gushiken se iniciou na política como dirigente do Sindicato dos Bancários, quando participou do grupo que, liderado por Lula, fundou o PT.  Em 2012, foi excluído do processo do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo próprio relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, que alegou falta de provas.

A família Gushiken confirmou em nota a morte e lembrou os momentos mais importantes da carreira dele. Nascido em Oswaldo Cruz (SP), casado com Elisabeth e pai de três filhos (Guilherme, Artur e Helena), Gushiken cursou administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi funcionário do Banespa de 1970 a 1999 e presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo de 1984 a 1986.

A encicoplédia vitual Wikipedia destaca que, como dirigente sindical, Gushiken teve papel central na defesa dos fundos de pensão contra os prejuízos causados pelo acordo com o Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Foi alvo de campanha implacável na mídia, com denúncias frequentes ? e jamais comprovadas ? sobre o uso das verbas Secretaria de Comunicação, que chefiou.

Ele deixou viúva sua mulher e companheira, Beth, e três filhos: Guilherme Artur e Helena.

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