Deputados exigem e Parlasul retira menção a “golpe” no Brasil
Deputado Arthur Maia confrontou presidente do Parlasul e nota contra o impeachment é retirada do site
Em reunião do Parlamento do Mercosul, realizada no Uruguai, o presidente do colegiado, Jorge Taiana, concordou em retirar a menção a “golpe parlamentar” no Brasil em nota emitida pelo Parlasul, publicada no site da instituição.
A decisão se deu após o deputado Arthur Maia (PPS-BA) confrontar o presidente do Parlasul, Jorge Taiana, na manhã desta terça-feira (26), questionando a autoridade para declarar, em nome do colegiado, que o impeachment da presidente brasileira Dilma Rousseff seria um “golpe parlamentar”.
“Sua declaração foi irresponsável”, disse Maia se dirigindo diretamente a Taiana. “O senhor não tem direito de usar o Parlasul para emitir sua posição pessoal”.
O deputado do PPS protestou contra o fato de o site da instituição ter sido usado para reproduzir as declarações de Taiana, como se aquela fosse a posição do Parlasul.
Segundo o deputado do PPS, a nota publicada no site “humilhou” os parlamentares brasileiros que defendem o afastamento constitucional da presidente. “O senhor pode declarar, como parlamentar, suas opiniões, mas não pode fazer isso usando o Parlasul”, insistiu Maia.
“Nós, parlamentares que apoiamos o impeachment, queremos que o senhor retire a nota infeliz, desautorizada e precipitada do sítio do Parlasul”, afirmou Arthur Maia. Taiana concordou em excluir o texto. Antes mesmo do término da reunião, a nota já havia sido retirada.