Cunha diz que redução da maioridade será votada em junho
Cunha diz que Câmara votará redução da maioriade após o dia 15
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), movimentou as redes sociais, neste domingo (31), publicando dezenas de mensagens no Twitter. Entre eles, ele antecipou que, em junho, colocará em votação no plenário a proposta de redução da maioridade penal, outro assunto que enfrenta resistência da bancada petista, além da reforma política.
Segundo Cunha, a comissão especial que está analisando o projeto de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos deve concluir seus trabalhos até 15 de junho. "Levaremos imediatamente ao plenário", enfatizou. "E além dessa polêmica teremos ainda muitas outras, já que não vamos deixar de levar à votação matéria porque um grupo do PT não quer", concluiu.
O parlamentar do PMDB defendeu ainda a realização de um referendo, na eleição municipal do ano que vem, para consultar a população sobre a redução da maioridade penal. Ele disse que "o PT não quer a redução da maioridade e acha que todos têm de concordar com eles."
"Defendo inclusive, e vou sugerir ao relator, que se faça um referendo sobre a redução da maioridade para que a gente faça um grande debate."
Ele chamou o grupo de 61 deputados de seis partidos que protocolaram mandado se segurança para impedir a votação da PEC da Reforma Política de "minoria" inconformada com a derrota sofrida em plenário. "Esses mesmos já entraram com várias ações para qualquer decisão minha e todas lá estão sem sucesso até agora, porque não assistem razão. E esses mesmos ainda sofrerão outras derrotas porque as suas posições são minoritárias em plenário", disse.
Ele defendeu o rito de votação das emendas da reforma política até agora aprovada, especialmente a que inclui na Constituição a doação de empresas a partidos, que motivou a ação no STF liderada por 36 deputados do PT, que conseguiram apoio de parlamentares de outro cinco partidos: PPS (8 deputados), PSB (6), PCdoB (6), PSOL (4) e PROS (1). "Acho muito engraçado comprarem versão de grupo contrariado com a derrota de plenário de que houve manobra de votação da minha parte. Aqueles que falam isso ou desconhecem o processo legislativo ou falseiam as informações para passarem a sua versão."
O presidente rebateu também a crítica feita por alguns deputados sobre o perfil dele na condução dos trabalhos da Casa, que é visto como autoritário por alguns. "Essa história de achar que eu decido tudo sozinho e uma falácia. Afinal 330 votos favoráveis, fui eu quem votou 330 vezes?", questionou.
A sequência de mensagens no Twitter movimentou os seguidores do presidente da Câmara na rede social. Um deles provocou Cunha dizendo que ele "acordou venenoso" neste domingo.