Petrolão

CPI ouve hoje depoimentos sobre petroquímicas e atuação de doleiros

Serão ouvidos operadores de câmbio acusados de irregularidades

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras vai ouvir três pessoas hoje, às 14 horas, sobre a compra de empresas petroquímicas pela Petrobras e a atuação de doleiros investigados pela Operação Lava Jato, que apura esquema bilionário de corrupção na estatal.

Entre os depoentes, estão operadores de câmbio acusados de irregularidades pela doleira Nelma Kodama, condenada por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ela é ligada ao doleiro Alberto Youssef e, em depoimento a integrantes da CPI, em Curitiba, onde está presa, denunciou outros doleiros.

O depoimento dela fez a CPI se voltar para a atuação do mercado financeiro e a fiscalização do Banco Central sobre as casas de câmbio.

Operações fictícias
Segundo investigações da Lava Jato, os doleiros mandavam dinheiro para o exterior por meio de operações fictícias, dinheiro que era usado depois para pagamento de propina.

Nesta tarde, a CPI vai ouvir duas pessoas mencionadas pela doleira: Fernando Heller, diretor da corretora TOV, uma das maiores do País, e José Aparecido Eiras, gerente do Banco do Brasil acusado por ela de ligação com outro doleiro, Raul Sour.

Petroquisa
Também será ouvido Paulo Cézar Amaro Aquino, ex-diretor da Petroquisa, a empresa petroquímica da Petrobras. O empresário Auro Gorentzvaig, ex-acionista da Petroquímica Triunfo, acusou a Petrobras de expropriar essa empresa para beneficiar a Braskem, do grupo Odebrecht.

Ele também afirmou que a Odebrecht foi beneficiada pela Petrobras em outra operação. Segundo Gorentzvaig, a estatal teria comprado a petroquímica Suzano por mais de R$ 4 bilhões para depois vender a empresa para a Braskem por R$ 2,5 bilhões.

É o que explica o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), autor dos requerimentos de convocação: "Tem a ver com o que aconteceu com a petroquímica Triunfo, lá no Rio Grande do Sul, o que aconteceu com a compra da petroquímica Suzano, um verdadeiro absurdo. O valor da Suzano na Bolsa de Valores era R$ 1,2 bilhão e a Petrobras pagou R$ 4,1 bilhões. É um escândalo maior que o de Pasadena e ele vai nos esclarecer esses assuntos".

A reunião será realizada no plenário 12. (Agência Câmara)

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