Petrolão

CPI da Petrobras ouve executivos da Camargo Corrêa e da OAS

Depõem hoje três executivos acusados de envolvimento com Petrolão

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve hoje três executivos de empreiteiras acusadas de formação de cartel e pagamento de propina para diretores da estatal ou partidos políticos:

João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa

Auler chegou a ser preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, assim como Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa. Avancini confirmou à CPI da Petrobras que a empreiteira pagou R$ 110 milhões em propina aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque. 

A Camargo Corrêa venceu licitações no valor de mais de R$ 6 bilhões para obras nas refinarias Getúlio Vargas, no Paraná, e Abreu e Lima, em Pernambuco. Avancini negou que a Camargo Correa tenha pagado propina por meio de doações oficiais de campanha, mas admitiu que o dinheiro era destinado ao PP (por meio do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa) e ao PT (por meio do ex-diretor de Serviços Renato Duque).

José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da Construtora OAS

Foi denunciado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro e corrupção. As empresas do grupo OAS celebraram contratos com a Petrobras no valor de R$ 10 bilhões e 48 milhões de dólares entre 2005 e 2014. Nesse período, foram identificadas transferências de R$ 7 milhões para contas controladas pelo doleiro Alberto Youssef – o que a polícia suspeita que seja uma maneira de pagar propinas. A empresa é acusada de pagar propina ao ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Por conta disso, o Ministério Público Federal pede a OAS que devolva aos cofres públicos R$ 988,7 milhões.

Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Côrrea

Apontado pelo presidente da Camargo Correa, Dalton Avancini, como responsável pelos contatos com os políticos e pagamento de propina a diretores da Petrobras. Segundo o empresário Júlio Camargo, da empresa Toyo Setal, houve propina para que a obra da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), fosse dirigida ao consórcio de empresas que ele representava na época, formado pelas empreiteiras Camargo Corrêa e OAS.

A refinaria estava orçada em R$ 1 bilhão e Camargo afirma ter pagado R$ 6 milhões ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco. Segundo Júlio Camargo, a Camargo Corrêa pagou R$ 23,3 milhões a uma de suas empresas, a Treviso, para ele intermediar o negócio. Ele acusou Leite de controlar o pagamento das propinas aos funcionários da estatal.

A audiência será realizada no plenário 12 a partir das 9h30.(Agência Câmara)

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