Em vez de reduzir, como Dilma prometeu, luz aumentou 17,38%
Alta na tarifa de energia para os consumidores industriais foi um pouco maior que a dos residenciais
Com a conclusão do último reajuste tarifário de 2014 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz subiu, em média, 17,38% em 2014. O porcentual considera o reajuste dado às 64 distribuidoras de energia elétrica que atuam no País e atendem 74,4 milhões de unidades consumidoras. Esse aumento contradiz promessa da presidente Dilma Rousseff, no início do ano, de redução da tarida de energia elétrica em todo o Brasil.
O aumento médio das tarifas cobradas da indústria (alta tensão) foi um pouco maior e atingiu de 18,11%. Para consumidores residenciais (baixa tensão), a conta de luz subiu, em média, 17,08% neste ano. Cada distribuidora tem uma data fixa de reajuste tarifário. Em 2015, os primeiros reajustes sairão no dia 3 de fevereiro, para empresas do grupo CPFL no interior de São Paulo.
A Aneel aprovou nesta terça-feira, 9, um reajuste médio de 25,43% nas tarifas da Sulgipe. Para consumidores conectados à alta tensão, como indústrias, o reajuste será de 29,69%, e para consumidores residenciais, a alta será de 23,15%, válidos a partir de 14 de dezembro.
O maior reajuste do ano foi concedido à Companhia Energética de Roraima (CERR), que teve suas tarifas elevadas em 54,06%. Apenas a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) não teve direito a reajuste, por ter dívidas atrasadas com a União.
O reajuste médio de 17,38% está em linha com as projeções do Banco Central. No dia 5 de novembro, pela quinta vez no ano, o BC revisou sua projeção de reajuste para as tarifas de energia elétrica neste ano, para 17,6%, segundo ata do Comitê de Política Monetária (Copom). A ata da última reunião do Copom, realizada no dia 3 de dezembro, será divulgada na quinta-feira, 11, e pode trazer nova projeção para o aumento da tarifa de energia elétrica. (Anne Warth/AE)