Confissão a jato
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Joaquim Felizardo era um velho militante e foi logo preso, no golpe de 1964. Aguardava a vez de ser interrogado no corredor do Dops, ao lado de outro suspeito de ser comunista, um advogado gay, quando o delegado gritou:
– Tragam o pederasta e o comuna!
Progressista, mas nem um pouco politicamente correto, Felizardo deu um salto à frente para confessar rapidinho:
– Doutor, o comunista sou eu, hein?
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