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Comissão de ética pública processa ex-ministro

Comissão não deu a Traumann a chance de prestar esclarecimentos

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O jornalista Thomas Traumann, ex-ministro da Secretaria de Comunicação  Social  (Secom), já responde a processo na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, antes mesmo de ser solicitado a prestar esclarecimentos, como era habitual.

O processo contra Traumann objetiva  apurar “infração ética” e “a aplicação das sanções e recomendações cabíveis", segundo Mauro de Azevedo Menezes, relator do caso. Ele corre o risco de nova punição, alem da demissão, por falar a verdade.

O processo é uma retaliação ao vazamento de documento da Secom com criticas à postura do governo de Dilma Rousseff, afirmando que os apoiadores da presidente estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais e aponta como saída o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad e que funcionou como o centro das manifestações anti­Dilma no dia 15 de março.

O texto da Secom sugere várias ações para melhorar a popularidade da presidente Dilma Rousseff e de seu governo, por meio de Ação “coordenada e com missões claras", inclusive nas redes sociais. Diz o texto: "A guerrilha política precisa ter munição de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele."

O presidente da comissão, Américo Lacombe, foi quem decidiu abrir processo contra Traumann. O ex­-ministro terá dez dias para se defender e está sujeito a censura ética, que funciona como uma espécie de "mancha no currículo".

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