Sessão em Curitiba

Começa o segundo dia de audiência na CPI da Petrobras

O primeiro depoimento do dia é da doleira Nelma Kodama

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Nesta terça-feira (12) acontece o segundo dia de depoimentos na CPI da Petrobras com quinze deputados que foram à Curitiba para ouvir os indiciados na Operação Lava Jato.Hoje  serão ouvidas seis pessoas, a doleira Nelma Kodama é a primeira a prestar depoimento. Também serão ouvidos, os ex-deputados Luiz Argolo, Pedro Corrêa e André Vargas, o doleiro Carlos Habib Chater, dono do Posto da Torre, e René Pereira que é ligado a Alberto Youssef.

A doleira disse aos parlamentares que está negociando um acordo de delação premiada com a justiça federal, e afirmou que está disposta a colaborar com a CPI, “desde que isso não atrapalhe meu acordo de colaboração em curso”.

Ela negou ser uma das maiores doleiras do Brasil, “é difícil falar, depois de tudo que eu vi no caso dessa corrupção da Petrobras, das propinas, dos empreiteiros, eu não me classificaria como uma das maiores doleiras do Brasil”.

Quando foi questionada sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef, a doleira disse que viveu maritalmente com Youssef entre os anos de 2000 e 2009. E chegou a cantar a música de Roberto Carlos, “Amada Amante”. O deputado Hugo Motta (PMDB) disse que ela não estava em um teatro e pediu respeito.

Nelma afirmou a participação de instituições financeiras no esquema, “tudo que está acontecendo tem a participação do Banco Central e das instituições financeiras. O dinheiro em espécie vinha destas instituições”.

A doleira negou, “quando fui presa estava com 200 mil euros e não estavam na calcinha, estavam no bolso na minha calça”. E disse que nunca teve nenhum contato com o PT ou outro partido político.

Kodama foi condenada a 18 anos de prisão e está presa na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Nelma foi presa em flagrante no dia 15 de março de 2015, tentando embarcar para Milão levando 200 mil euros escondidos na calcinha.

Ela é acusada de ser a chefe de um esquema de lavagem de dinheiro, com abertura de empresas de fachada e operações de câmbio no exterior. Além da lavagem de dinheiro, a doleira foi condenada por corrupção, envolvimento em 91 operações irregulares, e por corromper um ex-gerente do Banco do Brasil para a realização de operações ilegais por meio da casa de Câmbio Da Vinci.

 

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