Lava Jato

Com medo de prisão, petistas bloqueiam rua onde Lula mora

Ontem, o presidente do PT citou “fonte confiável” para anunciar a prisão

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O clima é de tranquilidade em frente à residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira (17), em São Bernardo do Campo. Durante a madrugada, uma manifestação que teria sido liderada por sindicalistas ocorreu no local em defesa do petista e, de acordo com informações, chegou a reunir cerca de 100 pessoas.

A manifestação teria sido motivada por uma informação que circulou nas redes sociais, principalmente nos blogs de esquerda, dando conta de que a Polícia Federal deflagraria nesta segunda uma nova fase da Operação Lava Jato e que o alvo da prisão seria o ex-presidente Lula.

Os manifestantes chegaram à casa do ex-presidente Lula de madrugada, mas por volta das 7 horas já haviam se dispersado. Restaram apenas jornalistas e algumas bexigas brancas penduradas no portão do prédio de Lula e nos arredores.

Ontem, uma gravação atribuída ao presidente do PT, Rui Falcão, que "viralizou" nas redes sociais, cita “fonte confiável” para afirmar que o ex-presidente Lula poderá seria preso nesta segunda-feira. Apesar da gravidade das acusações do Ministério Público Federal aceitas pela Justiça Federal, Falcão atribui a eventual prisão de Lula à suposta “ditadura em que vivemos”, cujo objetivo seria aniquilar a oposição ao atual governo.

E nem sequer menciona as acusações, com bases em provas obtidas nas investigações, que resultaram em várias acusações contra Lula, incluindo corrupção passivam organização criminosa, tráfico de influência, exploração de prestígio etc.

Na gravação, Falcão pede “calma” e também “mobilização rápida”, mas diz que a decisão de prender Lula já estaria tomada. Ele diz que, “se bobear”, Lula poderá ser preso até no dia do seu aniversário, próximo dia 27.

Falcão afirma na gravação: “Eu acho que tem que ter bastante calma neste momento. […] Evidentemente, não tem precisão de data. Existe a suspeita de acontecer na segunda-feira. […] É importante pensar em uma forma de mobilização, forma de acionar rapidamente as pessoas. Não vi nenhum documento, mas pode ser na segunda, na terça, daqui a uma semana, no aniversário de Lula, se bobear. Temos que estar preparados para nos mobilizar rapidamente se isso acontecer”, disse.

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