Momento histórico

Colômbia e Farc fecham acordo para pôr fim a conflito de 52 anos

Governo colombiano crê em tratado definitivo no dia 20 de julho

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Em cerimônia em Havana, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias das Colômbia (Farc), Rodrigo Londono, assinaram hoje (23) um acordo de cessar-fogo bilateral definitivo, abrindo caminho para um tratado de paz que dê fim ao conflito que já dura mais de meio século.

Em comunicado, autoridades colombianas dizem se tratar de "um momento hitórico" para o país por ser considerado o acordo mais sólido já alcançado entre as partes desde 2012, quando tiveram início as negociações de paz em Havana. É a primeira vez desde meados da década de 1980 que ambas as partes concordam em uma trégua bilateral.

A etapa do cessar-fogo bilateral definitivo prevê também o cumprimento de um cronograma para deposição de armas e garantias de segurança para os ex-combatentes das Farc. Com o acordo, mais de 7 mil combatentes rebeldes devem entregar seus armamentos.

O governo da Colômbia acredita que o acordo definitivo de paz com as Farc poderá ser firmado no dia 20 de julho. A promessa inicial era de que ele seria concretizado ainda neste ano.

Participaram do ato o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban-ki Moon, assim como os presidentes de Cuba, Raúl Castro, Chile, Michelle Bachelet, e Venezuela, Nicolás Maduro.

Entenda o conflito

O conflito armado com as Farc é considerado o mais antigo da América do Sul. Em seus anos de maior atuação, o grupo chegou a cometer sequestros, ataques e assassinatos para defender seus ideais, entre eles a reforma agrária e a criação de um Estado socialista. Desde 1964, o conflito entre o Exército e a guerrilha já matou mais de 220 mil pessoas, causou o desaparecimento de cerca de 50 mil, além de 6 milhões de deslocamentos na Colômbia. (Com informações da Ansa)

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