Dois meses após cassação

Caminhões de mudança levam pertences de Eduardo Cunha em Brasília

Cassado e preso, ele ainda não tinha entregado o apartamento

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Dois meses após a cassação do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados, os pertences de Eduardo Cunha finalmente deixaram o apartamento funcional que ele ocupava em Brasília. Pelas regras atuais, após perder o direito ao imóvel, o ocupante tem 30 dias para deixar o local.

O mandato de Cunha foi cassado pelo plenário da Câmara em 12 de setembro, por 450 votos a 10, sob a acusação de que ele mentiu à CPI da Petrobras ao dizer que não tinha contas no exterior. 

Cunha está preso há 16 dias na Operação Lava Jato, acusado de envolvimento no esquema de corrupção.

Os funcionários de uma empresa de mudança encaixotaram na manhã desta sexta-feira, 4, e colocaram em um caminhão os bens do deputado cassado e da família. Eles não informaram para onde a mudança será levada.

Conforme a quarta secretaria da Casa, em caso de eventual atraso na devolução de um imóvel funcional, está prevista a cobrança de multa com base no valor do auxílio-moradia (R$ 4.253,00) pago mensalmente aos parlamentares que não usam apartamento funcional. A multa é calculada proporcionalmente ao número de dias em atraso.

A necessidade de pagamento da multa, porém, só deve ser decidida no ato da devolução do imóvel. No caso de Cunha, que está preso em Curitiba, qualquer pessoa poderá devolver as chaves em seu nome.

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