Doação para campanha

Bumlai nega ter buscado apoio de Palocci para manter Costa

Ex-diretor temia perder o emprego quando Dilma fosse eleita

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José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prestou depoimento à Polícia Federal desmentindo a versão do lobista Fernando Baiano.

Bumlai negou que tenha procurado, em 2010, o ex-ministro Antônio Palocci e o PT em busca de apoio para manter o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, como foi relatado pelo delator Fernando Soares, o Fernando Baiano.

O pecuarista foi confrontado com o depoimento de Baiano sobre o suposto repasse de R$ 2 milhões da cota da Diretoria de Abastecimento para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. O delator afirmou que procurou Bumlai para articular apoio do PT para Costa, cota do PP no esquema de corrupção, e que durante o encontro foi sugerido o encontro de Palocci com o ex-diretor da Petrobras. Na época Palocci era o coordenador da campanha de Dilma à Presidência.

Bumlai confirmou sua amizade com o Lula e que mantinha relações comerciais com o lobista Fernando Baiano, entretanto negou que possuísse alguma influência política no PT, e que tenha marcado alguma reunião entre Costa e Palocci.

O pagamento de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma foi relatada durante a delação de Paulo Roberto Costa. O ex-diretor contou ter recebido um pedido, em nome de Palocci via doleiro Alberto Yousseff. O doleiro negou ter sido o autor do pedido, e apontou Fernando Baiano como sendo o outro operador de propinas ligado a PMDB.

Por sua vez Baiano afirma que se reuniu com o pecuarista para que ele tentasse garantir a permanência de Costa na Diretoria da Petrobras, porque o ex-diretor temia ser demitido quando Dilma fosse eleita.

Os dois delatores, Costa e Baiano, já participaram de uma acareação em novembro. Na ocasião o ex-diretor negou que tivesse se reunido com Palocci. E sustentou Youssef  pediu R$ 2 milhões para a campanha de Dilma a pedido de Palocci. Costa confirmou que autorizou o pagamento. O PT afirma que todas as doações recebidas “aconteceram estritamente dentro da legalidade e foram posteriormente declaradas à Justiça Federal”.

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