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Brasil é o terceiro país com mais cidadãos irregulares nos EUA

Levantamento aponta que fraudes na solicitação do visto prejudicam brasileiros

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Um levantamento do Visit Flórida, órgão de promoção turística dos Estados Unidos, apontou o Brasil como o terceiro país que mais visita os EUA, ficando atrás do Canadá e Reino Unido, mas não só nesse assunto o país recebeu a colocação. Os brasileiros também conquistaram a terceira posição quando o assunto é overstay, ou a permanência além do tempo permitido pelo visto solicitado.

Outro dado apresentado pelo órgão mostra que muitos brasileiros estão sendo presos ou impedidos de entrar em aeroportos dos EUA. O número mais recente de recusa é de 2014, quando os relatórios apontaram que 873 brasileiros não puderam entrar no país.

O advogado especializado em direito de imigração, Daniel Toledo, informou que as prisões são decorrentes do preenchimento irregular do DS-160, documento de solicitação do visto. Na hora de colocar as informações, muitos brasileiros colocam intenções diferentes daquela pretendida. “Essa conduta é denominada de delito imigratório. Infelizmente, há muitos se colocando nessa armadilha e não fazem ideia do tamanho do problema ou da dor de cabeça que esse deslize possa causar”, alertou.

O advogado lembra que comportamentos assim prejudicam toda a comunidade brasileira porque colabora para o aumento dos índices de vistos negativos. “Muitos estão enfrentando sérios problemas por obter vantagem ilícita, o que está prevista no código penal. Todos esses fatos apontam que, em breve, teremos uma novidade negativa para os brasileiros”, revelou.

O que fazer se for barrado

O advogado lembra que o visto não é garantia de entrada e sim uma expectativa positiva da solicitação. A decisão fica nas mãos das autoridades migratórias.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, caso o visitante seja barrado, a primeira providência é entrar em contato com o Consulado do Brasil e comunicar o ocorrido. A partir daí o órgão passa a ser responsável por garantir um tratamento digno, como alimentação, água e ao uso do banheiro. É uma assistência bastante mínima, mas isso pode transformar a experiência menos traumática.

Vale lembrar que o consulado nada poderá fazer para reverter a decisão da negativa de entrada nos países, que são soberanos para decidir se a pessoa entra ou não em seus territórios. “Se algo inesperado ocorrer, o ideal é se manter calmo e colaborar o máximo possível com as autoridades demonstrando estar disponível para esclarecer todas as dúvidas”, finaliza Daniel.

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