'Sem mimimi'

Bolsonaro diz que Haddad foi ‘moleque’ ao falar em perseguição no trânsito

Candidato do PSL sugere que petista foi infantil por denunciar ameaça de eleitor

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O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, disse que é “coisa de moleque” a afirmação feita por Fernando Haddad (PT) sobre ter sido perseguido por um simpatizante do capitão reformado.

“Poxa, isso é coisa de moleque, de criança. Nem dá para responder que eleitores meus fecharam ele. Coisa de criança, de moleque, de gente que não tem o que fazer”, afirmou Bolsonaro.

Haddad disse ter sido vítima de perseguição no trânsito, em Brasília, na quinta-feira (11), quando participava de evento organizado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Segundo o petista, o eleitor de Bolsonaro que colocou sua comitiva em risco “está sob supervisão da Polícia Federal em função dos gestos de violência”.

“O Brasil tem que estar nas mãos de homens e mulheres com responsabilidade, sem mimimi. Condeno qualquer ataque de quem quer que seja por questão política ou outra qualquer”, afirmou Bolsonaro enquanto fazia gravações para um programa de TV.

Ele voltou ainda a culpar o PT por problemas de segurança pública, em resposta às acusações de seus adversários de que ele estimula a violência.

“Foram 13 anos de PT. A violência cresceu assustadoramente no Brasil. Eu pergunto: eles investigaram o caso Celso Daniel?”, questionou Bolsonaro.

Debates sem interferência

Bolsonaro disse que pode ir a debates se tiver garantias de que não haverá interferência de terceiros sobre Fernando Haddad (PT), seu adversário no segundo turno.

“Se for um debate, eu e ele, sem interferência externa, eu to pronto para comparecer”, afirmou, sem explicar a quem se referia ao falar em interferência externa.

Desde que sofreu uma facada, no início de setembro, ele não participou mais dos debates e foi criticado por seus adversários. Bolsonaro aguarda liberação médica para fazer atos de campanha e deve passar por nova avaliação na quinta-feira (18).

Esta semana ele havia indicado que não iria aos programas mesmo se fosse liberado. “Se for eu e ele estou pronto para debater sim. Eu não quero ir a debate se houver a participação de terceiros. Quem está disputando a eleição sou ele e eu”, disse o candidato do PSL. (Folhapress)

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