Abuso dos bancos

Banco Central vai atacar juros de 345% ao ano no cartão

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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira, que as altas de juros do rotativo do cartão de crédito são algo que a instituição sempre acompanha e que "vai se debruçar". Atualmente a modalidade, que representa o valor que sobra depois do pagamento mínimo exigido pela operadora, é a que possui a maior taxa de juros do sistema. Em março, a taxa ficou em 345,8% ao ano. Nesta quarta, o BC vai apresentar números atualizados.

Tombini ressaltou, durante audiência pública na Câmara, que as taxas desse tipo são elevadas, mas ponderou que o Brasil possui um tipo de parcelamento que não existe em outros países, com o pagamento parcelado sem juros. Desse modo, a empresa recebe o valor no momento da compra e o consumidor paga parcelado à operadora do cartão.

Valorização do dólar

Tombini disse também que a valorização do dólar tem repasse para inflação doméstica e que o Banco Central tem que conter isso. "Temos que conter a inflação e esse é o trabalho do BC", afirmou Tombini.

Ainda segundo o presidente do BC, o nível das reservas do Brasil está num intervalo intermediário em relação aos demais países, mas é um colchão importante e que dá tranquilidade. "Reservas são colchão importante, dão certa tranquilidade ao país", afirmou. O número atualizado nessa segunda, 25, pelo próprio BC, traz que as reservas estão em US$372,071 bilhões.

Tombini também afirmou que o sistema financeiro nacional é bem capitalizado e provisionado. "Temos um sistema bem capitalizado e provisionado. O Brasil está bem posicionado", afirmou. Segundo relatório do FMI, o Brasil está entre as maiores economias do mundo. (AE)

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