Comissão do Impeachment

Auditor do TCU classifica pedaladas fiscais como fraudes

'Diferença entre o erro e a fraude é intenção', diz Tiago Dutra

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Em resposta ao líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), o secretário de Controle Externo do TCU, Tiago Dutra, confirmou que houve fraude fiscal por sucessivas vezes em 2014 e 2015. O auditor rechaçou a tese de “erro contábil”: “A diferença entre o erro e a fraude é intenção”. Dutra depôs na Comissão do Impeachment. O auditor também do TCU Leonardo Albernaz também foi convidado como testemunha.

“A fraude está clara e fica caracterizada pelos atrasos sistemáticos do governo em quitar suas dívidas com bancos oficiais. Mesmo depois de alertado pelo TCU sobre a irregularidade em relação à Caixa Econômica que bancou programas sociais, o governo cometeu o mesmo crime ao usar o Banco do Brasil para arcar com o financiamento rural. Não foi uma questão meramente contábil e o auditor do TCU deixou isso claro. Foi uma manobra deliberada para maquiar o orçamento”, avaliou Caiado.

Caiado defendeu a liberação de testemunhas que tratariam de fatos já esclarecidos. Ao todo, quatro foram dispensadas . “A defesa de Dilma insiste em ouvir testemunhas na comissão do impeachment que não vão mudar a opinião de ninguém. Os fatos já foram esclarecidos.  Não precisamos mais de argumentos que provem a fraude fiscal do PT depois que o auditor do TCU, Antônio Carlos D´Ávila, afirmou que os fatos são gravíssimos e o governo atuou em desconformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Até o auditor se chocou com os fatos encontrados pelo TCU. Vamos seguir com processo, sem repetições e manobras procrastinatórias”, disse.

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