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Ataque cibernético afeta serviços do Hospital de Câncer

Hackers pediram um resgate de 300 dólares em bitcoins

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Hospitais de câncer do interior de São Paulo foram afetados pelo ciberataque em nível global que está em curso desde terça-feira, 27. O Hospital de Câncer de Jales e outras unidades, como Barretos e Fernandópolis, tiveram dados e computadores comprometidos. As unidades de Porto Velho (RO), Juazeiro (BA) e Campo Grande (MS), também foram afetadas.

Mais de mil pacientes estão sem atendimento na unidade de Jales. Estima-se que de 2 a 3 mil pacientes estão nessa situação em toda a rede do Hospital do Câncer.

O departamento de informática estima que aproximadamente 1 mil máquinas de toda a rede do hospital foram afetadas e técnicos devem levar até três dias para reverter o ataque cibernético.

Segundo Sérgio Quintela, supervisor de TI da unidade de Jales, os computadores tiveram dados criptografados e exibiam mensagem pedindo resgate de 300 dólares na moeda virtual bitcoin para a liberação das máquinas. Não há informações se o hospital irá realizar o pagamento.

Com as máquinas paradas, o atendimento aos pacientes ficou prejudicado. Como toda rede do Hospital de Câncer é interligada, outras unidades do HC ficaram paradas.

Segundo o médico e diretor clínico do Hospital, Paulo de Tarso, o atendimento em alguns setores foi suspenso. Em Fernandópolis o sistema ainda está parado nesta quarta-feira, 28. Na cidade funciona o Instituto de Prevenção, que faz apenas exames de mamografia, ultrassom e consultas. A orientação é para quem tem consulta agendada para esta quarta-feira não ir à unidade.

Em Jales o atendimento está sendo feito parcialmente, como algumas consultas.

O ciberataque se aproveitou das mesmas vulnerabilidades do malware WannaCry, que afetou diversos aparelhos e causou prejuízos a empresas de todo o mundo em maio.

A Microsoft já liberou um patch de segurança que corrige essas brechas nos computadores. No entanto, empresas demoram mais para atualizar suas máquinas do que os usuários domésticos, que, muitas vezes, já têm o sistema Windows 10 instalado e aproveitam as atualizações automáticas do sistema.

Segundo a Microsoft, ataque cibernético global iniciado na terça-feira, 27, já vitimou mais de 12,5 mil computadores em todo o mundo. Em uma postagem no blog oficial, a empresa afirmou que detectou infecções do ransomware em 64 países, entre eles a Alemanha, Bélgica, Brasil, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia.

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