Propinas

'Mensalão' de corregedor incluiria também bingos

O valor seria o mesmo do 'mensalão': R$ 50 mil.

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Além do "mensalão" pago por policiais corruptos à Corregedoria da Polícia Civil, em troca de proteção, o Ministério Público Estadual (MPE) investiga outro esquema de propina envolvendo corregedores e donos de casas de bingo da capital e outros jogos ilegais. O valor seria o mesmo do 'mensalão': R$ 50 mil.

As investigações dos promotores do Grupo Especial de Controle Externo da Polícia (Gecep) começaram em outubro do ano passado, após uma denúncia anônima informar que policiais da corregedoria recolhiam dinheiro de casas de bingo, a pedido da diretoria, e dividiam entre eles.

Os promotores pediram os nomes dos policiais à corregedoria, pois o número da viatura usada para buscar a suposta propina e o primeiro nome de cada um havia sido informado. Mas o departamento se negou, alegando que havia vários policiais homônimos trabalhando no departamento.

Os promotores do Gecep levantaram todas as ocorrências da corregedoria de apreensão de máquinas caça-níqueis, videobingo e demais jogos de azar e descobriram que dois policiais: um investigador e um carcereiro, cuja função é de vigiar presos, sempre aparecem na maioria dos casos. O fato foi considerado suspeito e, por meio dele, o Gecep obteve mais indícios sobre as denúncias.

A apuração também descobriu que os policiais atuavam na Divisão de Operações Especiais (DOP), da corregedoria, e identificaram a viatura que seria usada no esquema.

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