Márcia de saída

Após recusa de Beltrame, Rollemberg quer delegado da PF na Segurança

O ex-secretário Sandro Avelar está sendo sondado pelo GDF

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O governador do DF Rodrigo Rollemberg está decidido a colocar um delegado da Polícia Federal na função estratégica de secretário de Segurança Pública. Rollemberg e seus aliados já sondaram ao menos três delegados da PF no DF para substituir a psicóloga Márcia de Alencar e comandar a segurança da capital.

Na semana passada e nesta segunda (24), ele se reuniu com o ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame, que é delegado federal, mas ele declinou do convite alegando que neste momento vai se dedicar mais à família. No entanto, Rollemberg e Beltrame combinaram voltar a conversar sobre o assunto.

A estratégia prioritária do governador é escolher alguém com trânsito nas polícias Militar e Civil, que estão em um embate por melhores condições de trabalho e reajuste.

Para pessoas ligadas ao governador, a vantagem de escolher um delegado da PF para comandar a segurança do DF é pela imparcialidade diante das forças policiais, principalmente nesse momento de crise. Fontes afirmam ao Diário do Poder que Rollemberg tem a dificuldade de encontrar um investigador que tenha trânsito suficiente para dialogar a paz entre as duas corporações. "Eu acredito que essa é uma decisão acertada", comentou um interlocutor do Palácio do Buriti.

Um dos sondados é Sandro Avelar, ex-secretário de Segurança do DF no governo Agnelo. Atualmente, Avelar é presidente da Federação Nacional dos Delegados da PF (Fenadepol).

O Distrito Federal tem histórico de delegados da PF como secretários de segurança: Geraldo Chaves, Valmir Lemos, Daniel Lorenz e Sandro Avelar. 

Márcia de saída

A sondagem de Rollemberg por delegados federais ocorre há pelo menos quatro meses, quando começaram a surgir as primeiras denúncias contra a atual titular da pasta, Márcia de Alencar. As acusações apontaram que Márcia usou viaturas da PM descaracterizadas para levar os filhos à escola, nomeou sua empregada doméstica como assessora na secretaria, usou helicóptero do Detran para passear com o filho mais velho, além de criar uma indigesta crise com a PM ao mandar exonerar coronéis com os quais teria se desentendido. 

Márcia também viajou por duas semanas para Costa Rica e Argentina com despesas pagas pelo GDF, no começo de outubro. Na primeira viagem, foi participar de um evento de segurança e na segunda, sem motivo apresentado.

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