Aérea portuguesa TAP deve ser comprada por empresa brasileira

Avianca e Azul são 'finalistas' na compra da empresa portuguesa

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As empresas aéreas brasileiras Avianca e Azul são praticamente as "finalistas" na disputa pela aquisição do controle acionário da empresa aérea portuguesa TAP, cujo processo de privatização poderá terminar ainda em maio. O governo de Portugal informou que o vencedor será escolhido apenas duas semanas depois da entrega das propostas de compra. 

Dos três candidatos mais competitivos, somente devem apresentar propostas objetivas de compra David Neeleman, presidente da Azul, o brasileiro-colombiano Germán Efromovich, da Avianca, cujo teror será conhecido nesta sexta-feira. Efromovich, aliás, já havia participado da primeira tentativa do governo português de vender a companhia aérea portuguesa, em 2012. 

O processo também tem sido acompanhado por Paulo Kakinoff, dono da Gol, e pelo consórcio do empresário português Miguel Pais do Amaral e Frank Lorenzo, mas o interesse pode não se traduzir numa oferta. O governo português somente receberá propostas até as 17h de sexta (15) para a compra de 66% da companhia.

O controlador da Avianca, German Efromovich, é um empresário de origem pobre, cuja família emigrou da Polônia para a Rússia e depois para a Bolívia, onde ele nasceu, em 1948. Mas depois obteve as cidadanias brasileira e colombiana. Já o empresário David G. Neeleman é brasileiro, nascido em São Paulo, onde seu pai, jornalista, foi correspondente da agência de notícias UPI. Neeleman é o fundador e ex-dirigente das companhias aéreas americanas JetBlue Airways, Morris Air, da canadense WestJet e da Azul Linhas Aéreas Brasileiras.

Dúvidas e negociações

Neeleman e Efromovich tiverem direito a uma última reunião com o governo português para prestar esclarecimentos sobre a operação. Para o Governo, ter menos do que dois candidatos já será sinal de fracasso, já que sempre frisou que pretendia um processo mais competitivo (ao contrário da primeira tentativa de venda, que foi suspensa após a a desistência Efromovich).

O dono da Azul, David Neeleman, ainda não decidiu se irá apresentar proposta pela TAP. Sabe-se que ele está preocupado com a sucessão de greves na empresa portuguesa, por isso ele ainda reluta. Além disso, a TAP tem uma elevada dívida e precisa de investimento para capitalizar e renovar a frota. O passivo da TAP é estimado em 1,06 bilhão de euros.

Neeleman está em Lisboa para tomar uma decisão final sobre se concorre ou não à privatização da TAP. Ele negocia parcerias, como a do grupo português Barraqueiro, que tinha sido apontado como parceiro de Miguel Pais do Amaral para a compra da empresa de aviação.

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