Que horror

Ação tenta usar Justiça para melar acordo de indenização em Mariana

São R$140 bilhões aguardados há anos, em uma das maiores indenizações do mundo por tragédias ambientais

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Área afetada pelo rompimento de barragem na zona rural de Mariana, em Minas - Foto: Antonio Cruz/ABr

Advogado de Minas Gerais entrou com um mandado de segurança no último dia 25 de setembro para suspender o acordo de reparação pelo desastre  de Mariana, que está prestes a ser finalizado entre o poder público e as empresas Vale e BHP, pondo fim a uma longa esperaa

Apesar de ser considerada uma das maiores indenizações do mundo por tragédias ambientais, de ao menos R$140 bilhões,  o advogado Bernardo Campomizzi tenta impedir o acordo  junto ao Superior Tribunal de Justiça  da 6ª região de Belo Horizonte. Ele representa uma moradora atingida pelo desastre e alega que as vítimas “não estão sendo ouvidas”.

Campomizzi é figura fácil em postagens nas redes sociais entre os aliados do escritório inglês Pogust Goodhead (PG), o mesmo que processa a Vale e a BHP  em tribunais internacionais. Ocorre que um acordo no Brasil enfraqueceria as alegações do PG de que um julgamento internacional é necessário por falta de compensação no país.

Paralelamente à ação instaurada pelo advogado aliado que questiona a participação das vítimas nas negociações do acordo,  o PG está na outra ponta tentando evitar justamente tentando evitar que elas sejam ouvidas. O escritório britânico está enviando mensagens aos representantes de varias atingidos, alertando para que não participem de associações, como a FredaRio (Frente em Defesa dos Atingidos pelo Rio Doce),  para “não prejudicar” o andamento do processo na Inglaterra.

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