Solução é cobrar do povo

A conta é sua: relator do orçamento defende ressuscitar a CPMF

Deputado relator do orçamento de 2016 defende recriar a CPMF e ainda admite que governo vai gastar mais e cortar menos

acessibilidade:

O relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse ontem (22) que esteve com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o pai das pedaladas fiscais, e tratou da proposta orçamentária. Após o encontro, Barros virou defensor de ressuscitar a CPMF, o antigo imposto sobre o cheque.

“Ressuscitar a CPMF é uma necessidade política, já que o governo precisa recuperar recursos perdidos com a queda na arrecadação nos últimos meses e promover novos investimentos,” defendeu Barros. O relator não falou nada sobre a crise econômica, sobre os gastos excessivos do governo Dilma, tampouco sobre o rombo de R$ 120 bilhões no orçamento do governo para 2016.

O relator do Orçamento ainda que, apesar de toda a reclamação de Dilma e sua equipe econômica, a crise foi criada pelo governo: a arrecadação, segundo o relator, caiu 5%, mas as despesas do governo cresceram 12%.

Mesmo com todos os problemas para fechar as contas deste ano e do ano que vem, Barros insiste que o Orçamento do ano que vem “no geral tem cortes”, mas tem mais aumentos de despesas:  “Na Educação, não houve cortes, acrescemos R$ 600 milhões. No seguro agrícola, acrescemos R$ 341 milhões por conta das mudanças climáticas.” Houve um aumento de quase R$ 10 bilhões para a Saúde, em 2016, além de um fundo especial de R$ 500 milhões para combater o zika vírus, além de outros R$ 500 milhões para o programa Farmácia Popular. As contas continuam: “O orçamento de Minas e Energia subiu 130%, com o aporte de R$ 5,9 bilhões na Eletrobras. O orçamento do Esporte subiu 11%, por conta das Olimpíadas. No Desenvolvimento Social, houve recomposição de R$ 200 milhões. No Judiciário, houve corte médio de 5%. No MPU, houve corte de 1,9%. Na Polícia Federal, o corte é de 3,7%. O investimento subiu de R$ 37 bilhões para R$ 45 bilhões, com o Orçamento impositivo e as emendas de bancada”, alega o relator. Com informações da Agência Câmara.

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.