investimento pesado

Guedes, em audiência na Câmara, diz que Brasil investiu desde primeiro dia da pandemia

O ministro da Economia afirmou que no dia que a pandemia foi decretada, o Governo liberou R$ 5 bilhões em ações de combate

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Em audiência na Câmara dos Deputados, ministro Paulo Guedes explica situação econômica do país durante enfrentamento da pandemia. Foto: Reprodução/TV Câmara

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa nesta terça-feira (4) de audiência pública junto a quatro comissões da Câmara dos Deputados para tratar sobre a situação econômica do país durante o enfrentamento da pandemia. Guedes diz que a pandemia atingiu o país, e o mundo, quando a economia alcançava crescimento de 2,5% graças às reformas implementadas.

Guedes diz que o Brasil reuniu esforços desde o princípio para combater os efeitos da pandemia. “Nós já saímos no primeiro dia da pandemia, reconhecida perante essa Comissão Mista, nós conseguimos R$ 5 bilhões para iniciar o ataque ao coronavírus. Naquele dia o Mandetta já saiu do Congresso com R$ 5 bilhões, num acordo político promovido pela oposição”.

O ministro relembra que todas as opções infraconstitucionais foram disponibilizadas pela Economia, como o adiantamento do abono salarial, do pagamento de benefícios de aposentados e pensionistas e diferir impostos para ajudar as empresas brasileiras, sobretudo as menores.

“Lembro que foram R$ 150 bilhões com essa medidas de antecipação de benefícios e diferenciação de impostos, mas R$ 100 bilhões de créditos disponível pela Caixa Federal, mais R$ 50 bilhões pelo BNDES. Quando você somava isso tudo, dava quase meio trilhão em quatro, cinco semanas, logo após a chegada da pandemia no Brasil”, diz Guedes.

Orçamento de guerra

Paulo Guedes afirma que para equilibrar as contas e manter-se dentro dos limites fiscais, a pasta contou com o apoio da aprovação da presidência da Câmara, do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e do ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas para aprovar um “orçamento de guerra” e conceder o auxílio emergencial.

“De posse desta licença, lançamos o Auxílio Emergencial, de novo de uma forma também inicial moderada, para ajudar aqueles 38 milhões de informais e invisíveis que acabamos descobrindo depois”, diz o ministro. A determinação do valor concedido foi organizado em conjunto entre o Legislativo e o Executivo.

Guedes credita às ações planejadas e antecipadas permitiram sucesso na condução do orçamento durante todo o período do enfrentamento à pandemia. “Quando a doença bateu, nós já tínhamos esses princípios e essas lições inclusive. Já sabíamos que o dinheiro indo direto para o pobre, sem intermediários, é efetivo. Isso é o antigo bolsa escola, que depois junto com vale gás, vale transporte virou o Bolsa Família e que depois você pode botando novos elementos e compondo, você vai gradativamente continuando um trabalho de inclusão dos mais frágeis nos orçamentos públicos, que foi algo que a oposição também fez nos vários anos que esteve no governo e que tudo que foi feito de bom, nós vamos aperfeiçoar e o que foi feito de ruim nós queremos descontinuar”, diz.

Recessão abaixo do esperado

O ministro explica que os efeitos da pandemia na economia do Brasil foi menos agressivo que o esperado e também daquele vivenciado por outros países desenvolvidos. “A Inglaterra, que todo mundo achava que iria cair 2,5%, que é um país pequeno, bem organizado e com rede de proteção social muito sólida, a Inglaterra caiu 9,6%. O PIB da Itália caiu acima de 8%, da França caiu acima de 7% e o PIB do Brasil, 4,1%. Nós caímos menos que as maiores economias do mundo”.

Guedes diz que os programas de incentivo brasileiros vem sendo premiados no exterior e que os esforços foram conjuntos entre os poderes. As últimas recessões trouxeram menos efeitos no mercado de empregos, Guedes relembra que em 2015 e 2016 o PIB brasileiro teve queda de cerca de 2% e mais de 1,5 milhões de empregos formais perdidos, enquanto em 2020, com queda de 4%, no final do ano gerou 140 mil empregos líquidos criados”.

Investimentos na saúde

Como medida apoiada pelo Ministério da Economia, Guedes diz que as aplicações em maquinários hospitalares foram importantes para manter o combate ao vírus. “Trabalhamos na dimensão da saúde, corremos atrás da produção de ventiladores, quando o Mandetta disse que o problema seria através de ventiladores pulmonares. Fizemos economia de guerra, descobrimos quem eram os quatro ou cinco produtores., uma empresa estava quebrada, a outra pequenininha. Fizemos como na economia de guerra, passamos de 250 ventiladores pulmonares para 1.500 ventiladores pulmonares por dia. Fizemos a mesma coisa agora em kit intubação”.

A audiência é transmitida no canal da Câmara dos Deputados, disponível aqui.

 

 

 

 

 

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