Regra ridícula

Temer viaja e Cármen Lúcia volta a presidir o Brasil, por algumas horas

Presidente do STF volta a ser incomodada para Temer participar de posse de presidente do Paraguai

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Presidente Michel Temer e ministra Cármen Lúcia Foto: Cesar Itiberê/PR

Antes de embarcar para o Paraguai, na manhã de hoje (15), o presidente Michel Temer (MDB) voltou a transmitir o cargo a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, na Base Aérea de Brasília. Por força de uma lei desnecessária ao funcionamento da máquina pública, esta foi a quinta vez neste ano que Cármen Lúcia assume interinamente o comando do país. Temer vai ao Paraguai para acompanhar a cerimônia de posse do presidente Mario Abdo Benítez. E deve reassumir o cargo no meio da tarde de hoje, quando retorna a Brasília.

Cada saída de Temer do País “coincide” com novas agendas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do presidente do Senado, Eunício Oliveira, que evitam assumir a linha sucessória para não se tornarem inelegíveis. Ambos não acompanham Temer na viagem ao Paraguai, como havia sido divulgado na semana passada. Mas viajaram para a Argentina para “compromissos particulares”, de acordo com as assessorias dos parlamentares.

Desde o mês de abril, os presidentes das duas Casas têm deixado o Brasil todas as vezes que Temer tem compromissos no exterior, para não assumirem interinamente a presidência o que os deixariam impedidos de disputar cargo eletivo no pleito de outubro, de acordo com o previsto na lei eleitoral.

Como o Brasil não tem vice-presidente desde o impeachment de Dilma Rousseff, os primeiros na linha sucessória para assumir o comando do país na ausência de Temer são o presidente da Câmara, seguido pelo presidente do Senado e então o presidente do Supremo Tribunal Federal.

Posse 

O Brasil foi o destino da primeira viagem de Mario Abdo Benítez ao exterior após a eleição. Em junho, ele foi recebido por Temer e os dois conversaram sobre a construção de pontes entre o Paraguai e o Brasil e a cooperação para o combate ao crime organizado, narcotráfico e lavagem de dinheiro.

As eleições no Paraguai ocorreram em 22 de abril, quando Mario Benítez obteve 46,49% dos votos, e o segundo colocado, Efraín Alegre, conquistou 42,73%. A diferença foi de pouco mais de 95 mil votos. (Com informações da Agência Brasil)

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