Senador nega que estudantes sejam ‘idiotas úteis’ e pede mais emprego e educação

Em reação clara às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que xingou de “idiotas úteis” os manifestantes contrários aos bloqueios de recursos para o ensino público, o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) saiu em defesa dos estudantes que foram às ruas nesta quarta-feira (15) e pediu o fim do embate e união pelo fortalecimento das políticas públicas de educação e geração de emprego.

“Nossos estudantes não são idiotas, apenas estão dando prova indiscutível de que discordam dos cortes na educação. Não é hora de buscarmos o embate, e sim de nos unirmos em torno do que realmente importa: mais emprego e mais educação”, escreveu Rodrigo Cunha, no Twitter, no fim da tarde de ontem.

Na semana passada, o senador já havia afirmado que fragilizar as universidades é atingir, em cheio, a qualidade dos nossos futuros profissionais. E reproduziu a informação de que o bloqueio no orçamento da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) chega a mais de R$ 39 milhões.

“Esse valor representa 36,6% do orçamento de custeio e capital da universidade. No mesmo sentido, sofre o IFAL (Instituto Federal de Alagoas). É alarmante ver um corte tão representativo sem que sejam apresentados dados que o justifiquem ou as áreas para onde esses recursos serão revertidos. Não podemos permitir retrocessos na educação”, defendeu o senador mais votado de Alagoas, em 2018.

Rival de Rodrigo Cunha, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) também apoiou os protestos contra o que chamou de “perversidades desse governo”. Ao se referir a uma das justificativas dadas pelo Ministério da Educação para os bloqueios de recursos, o ex-presidente do Senado disse que “balbúrdia é esse governo despreparado,obscurantista e sem projetos”.

A senadora Renilde Bulhões, suplente do ex-presidente Fernando Collor, ambos do PROS de Alagoas, não se manifestou sobre o tema. Assim como o senador licenciado do cargo.