'Já ganhamos as eleições'

Presidente do PSL diz que ato pró-Bolsonaro, no dia 26, é sem sentido

"Para quê tirar o povo para uma coisa que já está dentro de casa? Já ganhamos as eleições, já passou isso aí", disse Bivar

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O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que não vê sentido nas manifestações convocadas para este domingo, 26, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. No entanto, Bivar disse que vai reunir a bancada do partido no Congresso Nacional para decidir se apoiará formalmente os protestos.

“[O presidente] não precisa [que as pessoas façam manifestação] porque ele foi institucionalmente e democraticamente alçado ao poder. Não cometeu nenhum crime de improbidade, não cometeu nenhum crime administrativo. Tem uma rede social imensa. Para quê tirar o povo para uma coisa que já está dentro de casa? Já ganhamos as eleições, já passou isso aí”, disse Bivar, nesta terça-feira (21). “Eu vejo sem sentido essa manifestação”, completou.

Embora não acredite que os atos vão acirrar os ânimos no Congresso, já que uma das pautas é pressionar os partidos do chamado centrão (grupo informal de legendas como DEM, PSD, PTB, PP e PR) a apoiar Bolsonaro, o presidente do partido teme que surjam bandeiras que não são abraçadas pelo PSL ou pelo governo, como a da intervenção militar.

“Pode haver algumas extrapolações. Nessas manifestações, existem pessoas infiltradas com cartazes fora do propósito que não representam a coisa”, disse Bivar.

O presidente do PSL minimiza o temor de que compareçam no domingo menos manifestantes que nos atos da semana passada contra os cortes na educação.

“Aos racionais, se o número não for suficiente, não é demonstração de fraqueza porque nada está me compelindo a ir a rua. Não é um desejo inquebrantável de algo de mau que vai acontecer no país. E isso desestimula [o comparecimento]”, disse.

Bolsonaro considera participar das manifestações convocadas para domingo. O presidente indicou, em conversas reservadas, a disposição de comparecer, mas afirmou que ainda não havia tomado uma decisão.

A presença dele é defendida pelo núcleo ideológico do Palácio do Planalto, formado por seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Para eles, a participação do presidente seria um gesto importante a seus apoiadores.

O grupo moderado, que é composto pelos militares, no entanto, considera a ida de Bolsonaro um erro. Para eles, o presidente sofrerá um desgaste independentemente da adesão do público. (Com informações da FolhaPress)

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