Lava Jato

Operação mira esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde do RJ

Alvos são grandes multinacionais fornecedoras de material hospitalar, envolvidas em fraudes e formação de cartel

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Foto: EBC

Uma operação deflagrada na manhã desta quarta (4) mira esquemas de corrupção corrupção na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento da Operação Fatura Exposta, deflagrada em abril do ano passado pela força-tarefa da Lava Jato no RJ.

Os agentes cumprem 13 mandados de prisão preventiva; nove mandados de prisão temporária e 43 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal.

Nesta fase da operação, o Ministério Público Federal (MPF) tem como alvo grandes multinacionais fornecedoras de material hospitalar, que se envolveram em fraudes em licitação e formação de cartel. Preso na primeira fase e solto dias depois pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes, o empresário Miguel Iskin volta a ser alvo de um dos mandados, assim como o seu sócio, Gustavo Estellita Cavalcanti Pessoa.

Os agentes cumprem ainda mandado de busca e apreensão na sede de uma dessas empresas fornecedoras de material hospitalar e a casa do ex-secretário estadual de Saúde do Rio Sérgio Cortês, já conhecido da Lava Jato. Cortês também chegou a se preso, mas foi solto por outra decisão de Gilmar Mendes. A Justiça decretou ainda o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão.

Relembre

A primeira etapa da Operação Fatura Exposta investigou fraudes em licitação para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Segundo as investigações, os desvios chegaram aos R$ 300 milhões entre 2016 e 2017. Cortês foi acusado de favorecer a empresa Oscar Iskin, uma das maiores fornecedoras de próteses no Rio da qual Miguel é sócio, em licitações.

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