Operação Rádio Patrulha

MP denuncia Beto Richa e mais 12 por fraude em licitação e corrupção

Grupo é acusado de formar esquema para desviar dinheiro por meio de licitações em programa de recuperação de estradas rurais do estado

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O ex-governador tucano Beto Richa é suspeito de liderar uma organização criminosa que ordenava o recebimento de propinas de fornecedores do governo do Paraná

O Ministério Público do Paraná denunciou nesta terça-feira, 25, o ex-governador e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) e outras 12 pessoas no âmbito da Operação Rádio Patrulha. Eles são acusados de formarem um esquema de propina para desvio de dinheiro por meio de licitações no programa “Patrulha do Campo”, para recuperação de estradas rurais do estado.

Na lista, estão o irmão do ex-governador, o ex-secretário da Infraestrutura, José Pepe Richa (PSDB), o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, o primo do ex-governador, Luiz Abi, os empresários Joel Malucelli e Celso Frare, o ex-secretário de Cerimonial, Ezequias Moreira, e o ex-secretário de Assuntos Estratégicos, Edson Casagrande.

A denúncia é baseada nas delações do ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), Nelson Leal Júnior e do ex-deputado estadual Tony Garcia. Ambos apontaram a existência de um esquema para fraudar licitações do programa em troca de propina para o grupo político do ex-governador.

Richa chegou a ser preso dia 1 de setembro, junto com a mulher, Fernanda Richa, pelo Gaeco, mas ambos acabaram sendo soltos quatro dias depois por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Segundo o MP, empresários e pessoas ligadas a eles ofereciam dinheiro em troca de atos de ofício por parte de agentes públicos para venceram as licitações.

O valor acertado, de acordo com os procuradores, correspondia a 8% do valor bruto dos contratos. Ao todo, diz a denúncia, foram pagos R$ 8.152.474,44 em vantagens indevidas, em 36 pagamentos mensais. O tucano nega as acusações.

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