Política como ela é

Maia usou pandemia para não instalar comissões, impedindo as privatizações

Sem instalar comissões temáticas alegando pandemia, ele barrou projetos do governo

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Presidente da Câmara dos Deputados até 2021, Rodrigo Maia. Foto: Luís Macedo/Câmara
Foram ao menos 19 nomeações, sendo 9 no próprio gabinete com salários entre R$ 4,5 mil e R$ 20,7 mil mensais. Foto: Luís Macedo/Câmara

A proximidade do fim do mandato de presidente da Câmara deixou Rodrigo Maia (DEM-RJ) mais nervoso que o normal e acabou expondo sua estratégia para tentar paralisar o governo.

A ideia de não instalar as comissões temáticas, usando a pandemia como justificativa, tinha como objetivo inviabilizar a agenda de privatizações, atrapalhar a tramitação das reformas e colocar a culpa no ministro Paulo Guedes (Economia). A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Maia começou a deixar escapar a estratégia quando decidiu chamar Paulo Guedes de “ex-liberal” por não dar seguimento às privatizações.

A manobra foi escancarada quando Maia questionou no STF a venda de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso. Foi derrotado ontem.

A agenda de privatizações conta com pelo menos 20 estatais a serem vendidas incluindo Eletrobras, Correios, Telebras, Serpro, Dataprev…

Os que caíram na armadilha de Maia dizem que o governo só enviou um projeto de privatização. Sem instalar comissões, o envio seria inútil.

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