Desarmar espíritos

Lira defendeu despolitização da pandemia e ação coordenada, com cúpula dos poderes

Chefes dos três Poderes criaram comitê para estabelecer rumos do combate à pandemia

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Presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: Arquivo/ Reprodução/TV Brasil
Presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: Arquivo/ Reprodução/TV Brasil

Ao se reunir com a cúpula dos poderes do Brasil, na manhã desta quarta-feira (24), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que o combate à pandemia de covid-19 deve passar por uma despolitização e ter uma ação coordenada, com união de esforços e discurso único contra o novo coronavírus, que deve superar a marca de 300 mil vítimas fatais no país.

“A união de todos para que possamos comunicar melhor, despolitizar a pandemia, desarmar os espíritos e tratarmos um problema como de todos nós, que nos compete enquanto representantes da população, para falar uma língua só, com acompanhamento diário e responsabilidade da informação, para que toda nossa população tenha assistência e para que possamos ter rumo. Seremos coordenados sob a supervisão do presidente da República e teremos um único discurso e uma única orientação nacional conduzido pelo Ministério [da Saúde]”, disse Lira.

As declarações foram dadas após o encontro que resultou na criação de um comitê para estabelecer os rumos do combate à pandemia, com as presenças dos presidentes da República, Jair Bolsonaro, do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, de governadores representantes das regiões do Brasil, do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no Palácio da Alvorada.

Lira destacou a atuação responsável da Câmara dos Deputados no combate ao novo coronavírus. E informou que os parlamentares devem já votar hoje um projeto de lei para ampliar o número de leitos no SUS em parceria com a iniciativa privada. Os detalhes da matéria passam por definição em reunião de líderes iniciada nesta manhã.

Ao chegar à Câmara para a reunião de líderes, Lira avaliou positivamente o resultado da reunião com a cúpul dos poderes. E destacou que o comitê será formado pelas presidências da Câmara, do Senado e da República, para fazer o acompanhamento diário com todas as informações e se tomar todas as providências com rapidez e cobrar a resolução de falhas que possam estar ocorrendo.

Bolsonaro como líder

A liderança do presidente Bolsonaro na condução do combate à pandemia foi reforçada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Segundo ele, o comitê vai atuar de forma conjunta com os demais entes federados e os Poderes da República, tendo o presidente do Senado como intermediário dos governadores para levar suas demandas ao comitê, por novos leitos, oxigênio nos hospitais e a ampliação da vacinação.

“A pandemia impõe o dever cívico e patriótico e de responsabilidade para a união dos Poderes e do povo brasileiro”, defendeu Pacheco.

Jair Bolsonaro destacou a harmonia entre os Poderes e afirmou que há unanimidade para se dedicar à vacinação em massa no País. “Nosso esforço entre os três Poderes ao direcionar para aquilo que interessa, sem que haja qualquer conflito, para que o Brasil saia dessa situação bastante complicada”, afirmou.

O presidente do STF, Luiz Fux, afirmou que, embora a Corte não possa compor o comitê que vai ser criado, vai auxiliar os integrantes para dirimir as eventuais judicializações das propostas encaminhadas.

O governador do Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que participou presencialmente do encontro, afirmou também que é a hora de mostrar solidariedade e informou que todos vão buscar ampliar a vacinação da população brasileira.

“Há convergência para salvar vidas. Vamos buscar mais parcerias dos países que têm uma cota maior de vacinas, buscar o compartilhamento de vacinas e sensibilizar os laboratórios que têm a tecnologia das vacinas para que outros laboratórios possam produzir”, defendeu Caiado. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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