Estados Unidos

Especialista avalia que Trump pode ser reeleito devido ao desempenho econômico

Apesar de enfrentrar desgaste por rumores de impeachment, Trump fortaleceu a economia dos EUA e o mercado de trabalho

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Boris Baldinger/Fórum Econômico Mundial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou nesta semana sua corrida à reeleição. No entanto, o governo do estadunidense não tem agradado a muitos norte-americanos. Trump caminha em meio a rumores de impeachment. Uma pesquisa do Wall Street Journal e da NBC News revela que o número de americanos a favor do impeachment subiu 10 pontos percentuais, chegando em 27%, desde o mês passado.

Mas, para o economista e analista político brasileiro Carlo Barbieri, presidente do Oxford Group – maior consultoria de internacionalização de negócios brasileiros nos EUA –, o cenário econômico do país pode assegurar um segundo mandato de Trump.

O economista ressalta feitos de Donald Trump como a Reforma Tributária de sucesso aplicada a empresas, menor desemprego em quase 50 anos e aumento do PIB americano.

“A expansão econômica dos Estados Unidos é o grande argumento da campanha. O último dado trimestral do PIB Americano, 3,2%, surpreendeu os analistas e foi motivo de grande celebração para o republicano. A diminuição dos impostos para as corporações americanas, que baixou de 35% para 21%, também é um ponto alto. Em suma, Presidente Trump, começou seu governo atraindo de volta aos EUA empresas, aumentou a geração de empregos, o consumo, e o PIB. O resultado foi o aumento do poder de compra e melhora na qualidade de vida dos americanos, fatores que devem pesar muito mais do que a consonância ideológica com Trump na hora de votar”, afirma Carlo Barbieri, que atua nos EUA há 30 anos.

Uma economia mais forte deu cobertura ao Federal Reserve, neste ano, para acelerar seu ritmo de aumento da taxa de juros. Antes de 2017, o Fed tinha aumentado as taxas apenas duas vezes ao longo de dois anos, lembra Barbieri.

É preciso observar também o fortalecimento do mercado de trabalho alcançado na gestão Trump. Os Estados Unidos registraram a taxa de desemprego mais baixa em quase meio século. Em abril, a desocupação ficou em 3,6%, após a criação de 263.000 novos postos de trabalho em maio.

O economista e analista político, Carlo Barbieri

Carlo Barbieri observa ainda que os resultados econômicos da gestão Tump favoreceram também o mercado para iniciativas estrangeiras se posicionarem nos EUA. Em 207, os Estados Unidos foram a segunda maior origem das importações brasileiras, totalizando US$ 25,1 bilhões. Já o Brasil foi o 12º maior mercado de destino de suas exportações, com 2,08 % do total, e foi o 17º maior fornecedor de bens e serviços importados nos EUA em 2017, com 1,20% do total.

“É cada vez maior o número de empresários brasileiros que apostam no mercado americano para proteger seus patrimônios e garantir seus investimentos. Detectamos um aumento de 25%, somente este ano, na procura por internacionalização de negócios brasileiros aqui nos EUA. O mesmo acontece com empresários do mundo todo, o que nos remete ao indício de que a economia americana segue mostrando solidez e confiabilidade”, afirma o economista.

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