Liberdade provisória

STF manda soltar militar acusado de participar da ‘Abin Paralela’

Segundo investigações da Polícia Federal, Giancarlo assumia um cargo de confiança na Abin, na gestão de Alexandre Ramagem

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Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória ao militar Giancarlo Rodrigues.

Rodrigues é alvo de uma operação chamada “Abin Paralela”, que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento ilegal de autoridades.

Segundo as investigações da Polícia Federal, Giancarlo Rodrigues ocupava um cargo de confiança na Abin durante o mandato de Alexandre Ramagem (PL). Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), perfis receberam informações de espionagem ilegal para publicá-las nas redes sociais. O militar do Exército foi responsável pelo ato.

Durante a quarta fase da Operação Última Milha, que investiga a propagação de notícias falsas e o monitoramento ilegal de autoridades, servidores públicos e jornalistas considerados opositores pelo governo Bolsonaro, Giancarlo foi preso em julho.

Os documentos apreendidos pela PF, mostram que Giancarlo compartilhava postagens no X (antigo Twitter) que divulgavam informações obtidas de forma ilegal. O agente da Abin também assumia aos colegas que era o responsável pelas investigações. 

Entre os perfis que recebiam informações de Rodrigues estavam @RichardPozzer, @DallasGinReturn e @VolgdoRui. As três contas foram apagadas da rede social.

Moraes decidiu conceder a liberdade provisória porque “a manutenção da prisão não se revela adequada e proporcional, podendo ser substituída por medidas alternativas”.

Assim, ordenou o uso de tornozeleiras eletrônicas, bem como a proibição do investigado de sair do país e o cancelamento dos passaportes militares.

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